AJ finaliza curso para formação de instrutores em mediação e conciliação - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Proposta é oportunidade para servidores e magistrados aposentados
- Curso
A Academia Judicial (AJ) realizou, ontem (2/9), o último encontro da primeira turma deste ano do Curso de Formação de Instrutores em Mediação e Conciliação Judiciais, cadastrado na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados – ENFAM.
Nos últimos 30 dias, os 21 participantes, entre magistrados e servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina, aprofundaram-se em questões teóricas e práticas, analisando novos paradigmas pedagógicos e situando competências necessárias para a atuação docente. As aulas, que iniciaram no dia 2/8 com um encontro presencial, aconteceram na plataforma virtual da AJ com momentos síncronos e assíncronos.
Agora, os futuros formadores retornam à AJ para executar uma aula simulada, apresentando elementos metodológicos inovadores que facilitam a aprendizagem significativa. Sob a orientação da juíza Quitéria Tamanini Vieira Peres, do TJSC, e do juiz Rodrigo Rodrigues Dias, do TJPR, foram resgatadas questões levantadas no decorrer das aulas, e os participantes tiveram a oportunidade de receber feedbacks dos formadores e dos colegas, afinando o processo de ensino-aprendizagem. Nos próximos meses, os participantes desta edição serão os responsáveis por formar novos conciliadores e mediadores.
A formação, tanto para formadores como para novos conciliadores e mediadores judiciais, não se restringe aos servidores e magistrados que estão em atividade. Ela também é uma oportunidade para aqueles que já se aposentaram.
Sarajane Rodrigues Candeia é uma dessas pessoas. Conciliadora e mediadora judicial formada pela AJ, a servidora aposentada também se credenciou nos cursos para ser instrutora de novos mediadores. “Após me aposentar, fiquei muito feliz em continuar contribuindo como instrutora na Academia Judicial. Manter esse vínculo e sentir-me parte ativa da equipe é de extrema importância para mim e traz uma profunda satisfação. Sinto que a experiência adquirida ao longo dos 27 anos de Judiciário ainda está sendo valorizada. Estou entusiasmada em seguir ajudando a formar novos profissionais”, relata a formadora.
Para participar do Curso de Formação de Instrutores em Mediação e Conciliação Judiciais, é necessário o preenchimento de alguns requisitos, como ter idade mínima de 21 anos, experiência de dois anos, ser indicado pelo Nupemec do Tribunal de Justiça a que estiver vinculado e ter concluído o Curso de Formação de Mediadores Judiciais ou o Curso de Formação de Mediadores e Conciliadores Judiciais.
A servidora aposentada da comarca de Concórdia Ilena Dalla Costa Machado também é uma entusiasta da formação de novos conciliadores e mediadores. “Optei pelo curso porque acredito que a conciliação e a mediação são oportunidades de solução de conflitos de forma célere, eficaz e que mais atende o interesse dos envolvidos”. Para a servidora, a experiência de anos no Judiciário, não só na aplicação da lei, mas sobretudo no atendimento das partes envolvidas em litígio, fornece uma boa base para lidar com situações que vão muito além de questões legais. “Nós, servidores aposentados, podemos contribuir significativamente para uma mudança de cultura, proporcionando a resolução de conflitos não só jurídicos, mas sobretudo sociais. Podemos ser uma ponte entre as pessoas”, reflete Machado, que convoca servidores aposentados a experienciar o desafio.
O coordenador do Cejusc Estadual Catarinense (CEC), juiz André Happke, afirma que atualmente o Estado tem cerca de 500 mediadores e conciliadores judiciais que atendem 234 unidades judiciais via Cejusc. De acordo com a Coordenadoria Estadual do Sistema dos Juizados Especiais e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cojepemec), que faz a gestão dos métodos compositivos do PJSC e é coordenada pelo desembargador Sílvio Dagoberto Orsatto, no último ano foram realizadas 34.382 audiências de conciliação e mediação. Mas para o desembargador esse número é bem maior, pois nele não estão registradas as composições realizadas isoladamente em comarcas, com ou sem a participação de algum Cejusc.
Em busca de aprimorar e expandir cada vez mais uma Justiça sem litígio, a parceria entre a AJ e a Cojepemec tem investido maciçamente na formação de novos conciliadores e mediadores judiciais. Magistrados e servidores aposentados, que tiverem interesse em fazer parte deste trabalho devem preencher formulários específicos destinados a cada um dos perfis. Os links são disponibilizados ao final da matéria.
O curso para formar mediadores e conciliadores é também destinado ao público externo. No entanto, é necessário que tenham formação pelo Conselho Nacional de Justiça ou por entidades reconhecidas e credenciadas por ele, como são a AJ e a Escola Superior da Magistratura do Estado de Santa Catarina. O link de credenciamento para esse público pode ser acessado clicando aqui.
Servidor Aposentado:
https://forms.office.com/r/0WtkCv2bET?origin=lprLink
Magistrado Inativo:
https://forms.office.com/r/mYzP29Ljc8?origin=lprLink.