Voltar Magistrada catarinense ministra palestras sobre Mediação e Justiça Restaurativa no Pará

Na ocasião, carta aberta em prol da educação para o conflito foi formalizada

A juíza Quitéria Tamanini Vieira Péres, coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Blumenau e titular da 1ª Vara Cível daquela comarca, juntamente com o mediador Henrique Ferrari e a conciliadora e facilitadora de Justiça Restaurativa (JR) Isabel Cristina Niebuhr, ministrou nesta semana (15 a 18 de julho) palestras de capacitação contínua aos mediadores, conciliadores e facilitadores de JR no Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), em Belém.

O projeto “Pontes para a Paz: Workshop de Mediação e Justiça Restaurativa” teve como objetivo fortalecer políticas e ações para a resolução de conflitos, aprimorar os conhecimentos e habilidades dos participantes nas práticas de mediação, identificar as nuances dos conflitos e refletir sobre o papel de cada um na pacificação social.



Durante três dias, foram conduzidas palestras voltadas à importância da comunicação para a qualidade da convivência humana (com ênfase na comunicação não violenta), à atuação do mediador e ao aprimoramento das práticas restaurativas. No terceiro dia, foi formalizada uma "Carta Aberta em Prol da Educação para o Conflito", assinada por todos os participantes. O documento destaca a necessidade urgente de promover a educação para o conflito em tempos de polarização e alta litigiosidade nos tribunais. Enfatiza a importância de desenvolver habilidades para lidar com conflitos, promover a cultura da paz e reduzir os custos e o prejuízo à imagem das instituições causados pela litigiosidade excessiva.

A carta também propõe a inclusão da educação para o conflito na Base Nacional Comum Curricular e em cursos de formação, além de sugerir ações a diversas instituições, incluindo escolas, comunidades, Poder Judiciário e meios de comunicação.

No quarto dia, foram realizadas duas rodas de conversas, uma com magistrados e servidores e outra com advogados, abordando a contribuição que os meios não adversariais podem proporcionar à administração da Justiça e satisfação do jurisdicionado, sobretudo diante dos desafios então enfrentados.

Para a magistrada, o encontro foi de grande valia, pois oportunizou reflexões e discussões sobre temas da mais alta importância para a consolidação da política judiciária nacional que preconiza a solução adequada dos conflitos, sempre que possível pela via não adversarial. Disse também acreditar que, ao incentivar o diálogo, tal via contribui para a concepção de um novo modelo de convivência, certamente mais sustentável socialmente.

 

Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa
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