Estudante se encanta com um dos itens mais prosaicos do acervo do Museu do Judiciário  - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar Estudante se encanta com um dos itens mais prosaicos do acervo do Museu do Judiciário 

Choque geracional é flagrado durante visita ao TJSC 

12 Abril 2024 | 11h33min
  • Memória

Em visita ao Museu do Judiciário numa das tardes desta semana (11/4), o estudante Cristiano da Luz Alves Filho parou em frente a um objeto e passou a analisá-lo com curiosidade e atenção. Aproximou-se para ver os detalhes, teve vontade de tocar, mas não tocou – não sabia se podia.  

Todo o resto do Museu – os manuscritos do século 19, ações de libertação de escravos, mobiliário antigo, vestes talares, urnas de 200 anos, porta-tinteiros – parecia não lhe interessar, somente aquele objeto. Nem mesmo as exposições sobre a Revolução Federalista e a Guerra do Contestado despertaram tanto o seu interesse. 

Cristiano e mais 40 estudantes de Direito da Faculdade Anhanguera, de São José, visitaram o Museu e a sala de sessões Ministro Teori Zavascki, e ainda puderam acompanhar alguns julgamentos. A iniciativa da visita partiu do professor Luiz Paulo Amaral Cardozo.    

 A imagem mostra um grupo de pessoas em um museu ou galeria de arte. No centro da imagem, há um homem de camiseta roxa e calça jeans, aparentemente explicando algo para o grupo. Ele está gesticulando com as mãos, apontando para algo fora da imagem. As pessoas ao redor estão prestando atenção nele, algumas com expressões de interesse. À direita, há vitrines de vidro com objetos dentro. O ambiente é bem iluminado, com luzes no teto e paredes de cores claras.
 

Os estudantes foram recebidos por Lília Lacerda da Silva, chefe da Seção do Museu, e pelo historiador Sandro Makowiecki. Lília falou da origem do Museu, que completa 33 anos em 2024, e dos documentos raros que ele guarda, disponíveis na íntegra em plataforma totalmente pública e gratuita.  

Sandro, por sua vez, mostrou processos, armas, imagens de navios, maquetes de veleiros e outros documentos que compõem a exposição sobre a Revolução Federalista, ocorrida de 1893 a 1895. Ele contou que, entre as 120 pessoas fuziladas na ilha de Anhatomirim – acusadas de participar da sublevação –, estavam o juiz de direito Joaquim Lopes de Oliveira e o desembargador Francisco Antônio Vieira Caldas. 

A imagem mostra um homem de meia-idade, com cabelo grisalho, vestindo uma camiseta roxa e um crachá pendurado no pescoço. Ele está em um ambiente que é um museu. O homem está de pé, com uma mão tocando uma parede azul que exibe várias fotos em preto e branco e textos em painéis amarelos e brancos. À direita do homem, há um grande crucifixo com a figura de Jesus Cristo pregado na cruz, com a inscrição "INRI" acima da cabeça.
 

Já sobre a Guerra do Contestado, maior conflito armado do país, que aconteceu em território barriga-verde de 1912 a 1916 e foi desencadeado por disputa territorial entre estados da região Sul, o historiador focou nas fotografias expostas na parede, registradas pelo sueco Claro Gustavo Jansson.    

Enquanto isso, Cristiano continuava a analisar o objeto, agora acompanhado de duas colegas. Nascido em 2001, ele estava com os olhos fixos numa máquina de escrever, mas parecia estar diante de um papiro egípcio ou de um pergaminho da época dos apóstolos. “É a segunda vez que eu venho ao TJ, mas é a primeira que consigo chegar mais perto dessa máquina, e é como ver o passado, antes da era digital”, comentou. 

Três jovens ao redor de uma máquina de escrever, que está em cima de uma mesa de madeira. Menina à esquerda escreve na máquina de escrever, menina ao centro da imagem e menino à direita observam.
 

Na sequência, os alunos estiveram na sala de sessões Ministro Teori Zavascki, onde ouviram uma palestra didática sobre o funcionamento da Justiça e a organização do TJ, ministrada pelo servidor Paulo Roberto Souza de Castro, secretário da 3ª Câmara de Direito Público. 

"Esta parte foi muito importante porque consegui entender melhor a estrutura do Judiciário”, disse Francis Thamires, estudante da 4ª fase. Com a visita, Letícia Amélia de Souza, já no fim da graduação, descobriu que o Tribunal não é velho como supunha. “Não imaginava que fosse assim, bonito e grande, nem que fosse novo, achei que o Tribunal era no estilo do que vimos no Museu, todo mais antigo.”

Com impressões diferentes, Cristiano, Francis e Letícia gostaram da experiência, dizem que não vão esquecê-la e recomendam que outros estudantes façam o mesmo.  

As visitas de universidades ao Museu – que desde o ano passado se chama Museu Desembargador Tycho Brahe Fernandes Neto – podem ser agendadas com a Assessoria de Cerimonial no e-mail cerimonial@tjsc.jus.br ou no telefone (48) 3287-2545. Já as visitas das escolas são agendadas pelo Museu no telefone (48) 3287-2436 ou pelo e-mail dgdm.museu@tjsc.jus.br .

A imagem mostra um grupo de aproximadamente 35 pessoas posando para uma foto em frente a um painel que diz "Tribunal de Justiça de Santa Catarina". O grupo é composto por homens e mulheres de diferentes idades, todos vestidos de maneira casual. Eles estão na sala do Pleno do TJSC, que possui um fundo de madeira escura e um brasão acima do texto no painel. A maioria das pessoas está sorrindo para a foto.
 

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