Voltar Com a participação de desembargadora e servidora do TJ, livro conta a luta das mulheres em SC 

Livro aberto na página da desembargadora Haidee Denise.
 

A desembargadora Haidée Denise Grin, presidente da Comissão de Gestão de Memória do Judiciário catarinense, e a servidora Michelle Hugill, secretária da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), participam do livro “Vozes das Mulheres Catarinenses – Narrativas de Histórias Reais”, lançado este mês na Assembleia Legislativa.
  
São 57 relatos nos quais as autoras falam das conquistas, avanços e desafios pessoais e profissionais enfrentados numa sociedade ainda hoje marcada pelo preconceito e pelo machismo, em todas as esferas.  

Elaborado pela Bancada Feminina da Alesc, sob a coordenação da deputada Paulinha e com a colaboração da deputada Luciane Carminatti, o livro é assinado por mulheres de diversas áreas. É o primeiro de uma série. 

De acordo com a desembargadora Haidée, “conhecer a trajetória de mulheres pioneiras pode ser fonte de inspiração para as pessoas, além de ser um registro histórico da sociedade catarinense”. Para Michelle, “a igualdade de gênero é uma bandeira que deveria interessar a todos e todas, inclusive a quem faz parte do Judiciário”.     

O TJSC teve, em 132 anos de história, apenas 18 desembargadoras. A primeira, Thereza Tang, tomou posse em 1985, quase um século depois da implantação do Tribunal de Justiça no Estado. 

Aliás, a desembargadora Haidée trabalhou com Thereza Tang e nela se inspira. “Foi uma pioneira, mulher de coragem e de talento, que me ensinou muito”, diz. “Se eu estou aqui, é porque ela abriu os caminhos.”

Em sua atuação à frente da Comissão de Gestão de Memória, por meio de publicações e exposições, Haidée e equipe têm registrado o legado de Thereza para a magistratura brasileira. 

O pioneirismo das 18 desembargadoras do TJSC, tendo como fio condutor a data de 8 de março, é o foco do texto assinado por Haidée no livro recém-lançado. “Somos mais do que um sonho próprio, somos o sonho dos nossos antepassados e a esperança de um futuro melhor “, escreveu.  

Livro.
 

O texto assinado por Michelle Hugill segue a mesma linha. “A igualdade de gênero, pela qual lutamos, é uma questão cultural e é por aí que devemos seguir, atuando nas esferas pública e privada para mudar o sistema como um todo”, afirma. 

Michelle é uma das autoras da trilogia "Grupos Reflexivos e Responsabilizantes para Homens Autores de Violências contra Mulheres no Brasil", a mais abrangente pesquisa sobre ações desse tipo com autores de violência contra mulheres em todo o Brasil. 

Reconhecimento 

Solenidade da marinha.
 

No dia 8 de dezembro, a desembargadora Haidée recebeu a medalha “Amigo da Marinha”, em solenidade realizada na Escola de Aprendizes-Marinheiros, em Florianópolis. O título é concedido a pessoas que se dedicam a conscientizar a sociedade brasileira sobre a importância do mar e dos rios para o desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e social do país. A desembargadora faz parte da Sociedade Amigos da Marinha de Santa Catarina (SOAMAR/SC), entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos, não subordinada à Marinha.

Imagens: Divulgação/OABSC
Conteúdo: Assessoria de Imprensa/NCI
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)

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