Sinal Vermelho tem potencial para tirar Brasil do ranking da violência doméstica - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid), do Poder Judiciário de Santa Catarina, cumpre agenda no sul do Estado nesta semana e intensifica a disseminação da campanha Sinal Vermelho, idealizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Brasil, hoje, ocupa o quinto posto no mundo entre os países que mais registram feminicídio no mundo, atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia neste ranking sinistro.

A desembargadora aposentada Salete Sommariva, coordenadora honorária da Cevid, esteve nas comarcas de Criciúma e Forquilhinha na última quarta-feira (18/10), quando se encontrou com magistrados, servidores, representantes do Ministério Público e OAB, integrantes da Rede Catarina, secretários de saúde e da assistência social e integrantes da rede de apoio.

Ela recordou o início da campanha, no auge do período pandêmico, em que muitas mulheres vítimas de violência vivenciavam o isolamento junto com seus parceiros e não tinham opções de denúncia. Foi neste momento, diz, que surgiu a ideia da campanha Sinal Vermelho, forma de denuncia eficiente e silenciosa, que garante segurança a partir de um xis na mão da mulher, logo apresentada em ambiente público, especialmente em farmácias. “Tenho certeza que salvamos muitas vidas”.

A iniciativa estabelece que qualquer estabelecimento público ou privado que receber uma denúncia em que a vítima faça um xis, com batom ou qualquer outro material, na mão, papel ou qualquer outro material e mostrar a um atendente, deverá acionar a Polícia Militar.

“Se for uma mulher a menos que morra, também são duas ou três crianças que ficam com os pais. Se pensarmos em salvar uma mulher a cada mês ou a cada dois meses, já é grande uma vitória”, contabiliza a coordenadora honorária da Cevid. Ela destacou ainda a posição do Brasil na quinta posição do ranking dos países em relação ao feminicídio. “Vamos fazer com que o Brasil deixe de ser o quinto no ranking de que mais mata mulheres”, rogou. A agenda da Cevid continua nesta semana com encontros nas comarcas de Sombrio, Santa Rosa do Sul, Meleiro e Araranguá.