TJ apoia exposição sobre Revolução Federalista inaugurada no Museu Histórico de SC - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
Evento tornou Desterro capital da provisória República dos Estados Unidos do Brasil
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A cerimônia de abertura da exposição “Federalismo – A revolução que abalou Santa Catarina” foi realizada no Palácio Cruz e Sousa, sede do Museu Histórico de Santa Catarina, na capital, nesta terça-feira, 12 de novembro. A desembargadora Haidée Denise Grin, presidente da Comissão de Gestão de Memória do TJSC, e o juiz Márcio Schiefler Fontes, membro da comissão, prestigiaram o evento.
A administradora do Museu Histórico de Santa Catarina, Marli Cristina Scomazzon, agradeceu a colaboração da Justiça catarinense. O Museu Desembargador Tycho Brahe Fernandes Neto contribuiu com parte da pesquisa, materiais gráficos e um revólver Geràrd emprestado de seu acervo para compor a nova exposição.
Mapas, documentos, fotos, maquetes, quadros a óleo e armas de época, entre outros materiais, contam a história do fato ocorrido há 130 anos – de 1893 a 1895. Foi uma guerra civil que transformou Santa Catarina e tornou a então pacata cidade de Desterro capital da provisória República dos Estados Unidos do Brasil. Desterro, após a revolução, foi rebatizada de Florianópolis, uma polêmica homenagem a Floriano Peixoto.
Para a desembargadora Haidée Denise Grin, “a exposição resgata fatos de um momento emblemático para a história catarinense e nacional, e impressiona pela abordagem de conteúdo, pela forma de comunicação e pela arte visual”, diz.
Nos últimos três anos, a Revolução Federalista foi tema de exposição no TJSC. “Esta parceria entre instituições é muito importante para a pesquisa e a divulgação da história do nosso Estado. Muitas exposições só são possíveis graças à colaboração mútua entre pesquisadores, arquivos e museus”, destaca Lília Lacerda da Silva, chefe da Seção de Museu, responsável pela gestão do Museu Desembargador Tycho Brahe Fernandes Neto. “A nova exposição no Museu Histórico traz capítulos inéditos e outros olhares sobre a Revolução Federalista, já tão retratada em nosso museu. Vale muito a pena”, complementa.
O Palácio Cruz e Sousa, ou Palácio Rosado, sede do Museu Histórico de Santa Catarina desde 1986, era o Palácio do Governo do Estado quando foi deflagrada a Revolução Federalista, em 1893. Tomado pelos revolucionários, serviu de sede do governo provisório ali instalado de outubro de 1893 a abril de 1894. O Palácio foi um dos palcos do conflito em Florianópolis, que terminou com o fuzilamento de dezenas de pessoas na Fortaleza de Anhatomirim, entre elas um desembargador e um juiz da Justiça catarinense.