Diretoria de Saúde do TJSC reforça cuidados no combate e prevenção à dengue - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina
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Com o agravamento da epidemia de dengue em Santa Catarina, a Diretoria de Saúde do Tribunal de Justiça amplia o trabalho de prevenção e combate à doença. De acordo com o último informe da Divisão de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive), divulgado dia 8 de abril, o Estado já registra mais de 29 mil focos do mosquito Aedes aegypti, em 223 municípios. Já foram confirmados 10.637 casos.
Dez óbitos decorrentes do vírus já foram confirmados – em Araquari (1), Balneário Camboriú (1), Coronel Freitas (1), Florianópolis (1), Palhoça (3) e Joinville (3) – e outros oito seguem em investigação. O governo estadual decretou situação de emergência em saúde para reformar seis hospitais que estão em situação precária. O objetivo é ampliar os serviços em momento de crescente demanda por atendimentos e de alta ocupação de leitos, tanto pela dengue como por doenças respiratórias.
A maioria dos casos (8.307) são autóctones (transmissão dentro do Estado), identificados em 73 municípios. Cinco municípios estão em situação de epidemia de dengue: Joinville, Palhoça, Quilombo, Saudades e União do Oeste. Isso significa que nessas cidades a taxa de incidência da doença já ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes.
Na comparação com o mesmo período de 2022, quando foram notificados 37.941 casos suspeitos de dengue no Estado, observa-se um aumento de 18% no número de notificações no ano de 2023 (44.908). Em relação aos casos confirmados, apesar da diminuição em comparação ao mesmo período do ano passado (25.872 casos de dengue), é necessário cautela quanto a essa tendência, tendo em vista que 21.339 casos permanecem como suspeitos no sistema de notificação.
A Diretoria de Saúde do TJ lançou vídeo com os pontos mais importantes a serem observados quanto ao combate e prevenção à dengue. Fique de olho quando tiver sintomas semelhantes ao de uma gripe sem sintomas respiratórios: febre alta; dores musculares e nas articulações; dor atrás dos olhos; e manchas vermelhas no corpo.
A atenção deve ser redobrada quando após a melhora do quadro febril há surgimento de sintomas de alarme como: queda de pressão arterial ao se levantar; sonolência; dor abdominal; vômitos persistentes; diminuição da produção de urina; e sangramento de mucosa ou gengiva.
Segundo a diretora de Saúde do Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC), médica Graciela de Oliveira Richter Schmidt, assim que houver a identificação dos sintomas, o paciente deve buscar atendimento médico. “É importante evitar a automedicação. O quadro pode ser confundido com o de uma gripe, mas a ingestão de antigripais é extremamente perigosa no caso da dengue, podendo provocar complicações”, explica. O repouso e a hidratação, com abundante ingestão de líquidos, são fundamentais no tratamento da doença.
Os cuidados devem ser redobrados no caso dos lactentes (menores de 2 anos), gestantes, pessoas com doenças crônicas e idosos.
A prevenção é outro fator importante para diminuir o risco de dengue. A diretora de Saúde do TJ lembra que o Aedes aegypti, mosquito que transmite o vírus, gosta de ambientes urbanos e não faz grandes deslocamentos – portanto, se há pessoas doentes em sua vizinhança, é quase certo que o foco está a pouca distância de sua casa. “Evite água parada e limpe os locais que podem servir como depósito de ovos do mosquito. Eles são muito resistentes ao ressecamento e podem durar mais de um ano, até encontrar ambiente propício para eclodir”, ressalta.
O que fazer?
• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• Mantenha lixeiras tampadas;
• Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• Mantenha ralos fechados e desentupidos;
• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
• Retire a água acumulada em lajes;
• Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados, e mantenha a tampa sempre fechada;
• Evite acumular entulhos, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
Responsável: Ângelo Medeiros - Reg. Prof.: SC00445(JP)