De 2022 a 2023, Justiça de SC julgou 24,81% mais processos de violência doméstica   - Imprensa - Poder Judiciário de Santa Catarina

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Voltar De 2022 a 2023, Justiça de SC julgou 24,81% mais processos de violência doméstica  

Novas unidades no PJSC aceleraram trâmites processuais 

06 Agosto 2024 | 14h15min
  • Violência Doméstica

A Justiça catarinense julgou 24,81% mais processos de violência doméstica na comparação entre os anos de 2022 e 2023, segundo a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid). Para prevenir, punir, erradicar e eliminar todas as formas de discriminação contra as mulheres, a Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006) foi sancionada em 7 de agosto de 2006. A legislação que criou os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, além de alterar o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal, completa 18 anos nesta quarta-feira (7/8). 

Com o objetivo de acelerar a prestação jurisdicional, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) criou unidades especializadas para julgar a violência contra a mulher e adotou o regime de cooperação. Diante disso, em 2022, foram julgadas 14.550 ações de violência contra a mulher nas 112 comarcas do Estado. Em 2023, foram 18.161 processos sentenciados. Somente nos primeiros sete meses de 2024, a Justiça catarinense já julgou 11.948 ações, número que representa 52% dos processos analisados do ano passado.   

Outra alternativa criada pela Lei Maria da Penha para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar são as medidas protetivas de urgência. Em Santa Catarina, elas também cresceram 34,62% de 2022 a 2023. O pedido de medida protetiva pode ser requerido pelo Ministério Público ou pela própria mulher em situação de violência, por meio de advogado ou da Defensoria Pública. Em 2022, a Justiça catarinense concedeu 19.032 medidas; em 2023, foram 25.621.  

Neste ano, de janeiro a julho, foram deferidas mais 7.880 medidas protetivas de urgência no Estado. Para reduzir a violência doméstica, a Cevid desenvolve vários programas e ações que englobam o atendimento às vítimas e aos agressores, por meio de grupos reflexivos. “A Lei Maria da Penha não fala só de prevenção e de conscientização, também traz muitos direitos para as mulheres que antes não eram previstos, especificamente o direito ao trabalho”, observou a coordenadora da Cevid, desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho.  

Direitos recentes  

Durante a abertura do Agosto Lilás, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal e da Segurança Pública do Ministério Público (MPSC), promotora de justiça Bianca Andrighetti Coelho, lembrou que os direitos das mulheres são conquistas recentes. A promotora destacou a necessidade de ações conjuntas de entidades e órgãos públicos, para que tenhamos cada vez mais mulheres protegidas, cada vez menos crimes e, por consequência, menos vítimas.  

“Avançamos muito, conquistamos direitos, conquistamos a igualdade, temos nosso trabalho, votamos, mas são direitos recentes. Eu até brinco que a minha mãe foi a primeira mulher na minha família que nasceu com o direito ao voto, porque minha avó, quando nasceu, ainda não tinha reconhecido o direito ao voto, ou seja, a nossa luta, as nossas conquistas, se formos pensar ao longo da história, são muito recentes, então nós estamos no começo de um caminho de luta”, completou a promotora.

 

Números  

Medidas protetivas  

Janeiro a dezembro de 2022 – 19.032

Janeiro a dezembro de 2023 – 25.621  

Janeiro a julho de 2024 – 7.880.  

  

Processos julgados de violência doméstica  

Janeiro a dezembro de 2022 – 14.550

Janeiro a dezembro de 2023 – 18.161  

Janeiro a julho de 2024 – 11.948.  
  
Fonte: Cevid

 

Imagens: Cristiano Estrela/TJSC
Conteúdo: NCI/Assessoria de Imprensa

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